Belezinha responde: qual é a diferença do protetor solar químico e físico?
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Belezinha responde: qual é a diferença do protetor solar químico e físico?

por Vânia Goy

Protetor solar é coisa séria e o tipo de de produto que adoro testar. Na lista com os melhores de 2018 indiquei dois tipos de fórmula: químicas e físicas e recebi vários pedidos para esclarecer a diferença entre eles e também opinar sobre qual tipo de formulação é melhor.

Se a gente for pensar nos primeiros protetores solares que existiram vai lembrar que eles eram brancos. Ou que, no começo dos anos 1980, muitas mães usavam pasta d’água para proteger a pele dos filhos (e aquela meleca não desgrudava nunca do corpo!). Pois bem, esse é o principio do filtro físico ou mineral. Ele cria, de fato, uma barreira física sobre e pele e, segundo o dermatologista Elimar Gomes*, é feito com ingredientes clássicos como óxido de zinco e dióxido de titânio.

Hoje, eles voltaram a ser assunto especialmente entre o público de consumidores em busca de fórmulas mais naturais porque suas partículas são maiores e acabam não sendo absorvidas pela pele. “Eles, então, diminuem o risco de toxidade relacionada a qualquer substância”, me disse Elimar — por isso também acabam recomendados para crianças e mulheres grávidas.

Com o passar dos anos, a indústria conseguiu micronizar essas e outras partículas fotoprotetoras, criando as chamadas fórmulas químicas, cosmeticamente mais leves, estáveis e, principalmente, transparentes (uma das reclamações frequentes dos filtros 100% físicos é o efeito esbranquiçado, um transtorno para as meninas negras).

Afinal de contas, qual deles é melhor?
Não existe vencedor. A recomendação da Sociedade Brasileira de Dermatologia é optar por fórmulas híbridas, que combinam ativos químicos e físicos. “Os físicos refletem e luz e tem efeito imediato após a aplicação. Os químicos absorvem a radiação, diminuindo a absorção dela pelo corpo”, diz Elimar. “Cosmeticamente eles também serão mais amigáveis.”

Se você prefere optar por fórmulas que não corram o risco de serem absorvidas pela pele, recomendo dois ótimos filtros minerais: o FPS 45 mineral com esqualano (R$ 249), da Biossance, e o FPS 30 da grega Korres (R$ 60). Vale testar ambos antes para ver como a cor reage a da sua pele. Ambos fazem parte da minha rotina diária (gosto dos físicos especialmente por causa do melasma) e estão entre os favoritos de 2018. O da Biossance é o mais luminoso (e mais esbranquiçado) deles.

Se, ao contrário, você preza por uma fórmula invisível e de textura levíssima, vai curtir o Aqua Rich (R$ 68), da japonesa Bioré, com cheirinho de laranja, e imbatível no quesito transparência e conforto. A ADCOS também têm um bastão incolor com FPS 70 (R$ 124).

Tão importante quanto a fórmula: não economizar na quantidade. A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda o equivalente a uma colher de chá rasa para o rosto e pescoço. Eu imito muitas japonesas, que aplicam duas vezes seguidas (inclusive no dorso das mãos) para se aproximar da eficiência máxima do FPS.

*Elimar Gomes é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), médico assistente do Núcleo do Câncer de Pele do hospital AC Camargo e membro do Grupo Brasileiro de Melanoma.


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