Limpeza de pele hi-tech com o Clarisonic
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Limpeza de pele hi-tech com o Clarisonic

por Vânia Goy

Lançado em 2007, o Clarisonic é um desdobramento daquelas escovas de dente elétricas que a gente queria ter nos anos 1990, sabe? Ele foi, na verdade, criado pela mesma empresa. A diferença é que essa escova foi feita para lavar o rosto e conquista fãs no mundo todo e, proporcionalmente, dermatologistas que têm pavor dela.

Eu comprei a minha em 2010. Tava em Nova York, num verão de 40 graus e tudo o que eu queria era esfoliar a minha pele oleosa. Eu sou a louca do esfoliante. Quem tem a pele oleosa sabe do que eu tô falando e também deve curtir a sensação de limpeza e maciez do rosto depois que você passa uma verdadeira ~lixa~ na pele.

Fora que, na época, os anúncios na Allure eram de deixar até a mais descrente das editoras de beleza (eu!) animada. Ele já levou vários prêmios respeitados também. Cinco anos depois, o Clarisonic continua firme e forte no mercado (e no meu chuveiro!). No último mês, três amigas que nunca se deram conta da existência dele me perguntaram se deviam comprar. Lá no início, existiam duas versões: a de tamanho tradicional e uma menor, ideal para viagens, chamada Mia. Hoje a gama aumentou e você encontra versões para o corpo (1 sonho!) e até para os pés.

A coisa toda funciona da seguinte forma: a escovinha é encaixada no corpo do aparelho, que pode ser molhado e usado embaixo do chuveiro. Quando a bateria acaba é só conectar o carregador na tomada e na base dele. Melhor que um iPhone. Ligada, a escova vibra durante um minuto, tempo suficiente para você limpar o rosto todo.

A PROMESSA
O Mia 1, versão mais simples de todas, promete limpar a sua pele seis vezes melhor do que quando você só usa as mãos. Ao contrário do que muita gente pensa, essa escova não gira, ela vibra 300 vezes por segundo. Segundo testes clínicos, a pele absorve, por exemplo, 61% mais vitamina C do que depois de uma lavagem normal. Consumidoras contam que sentiram a pele 94% mais macia e 90% acharam mais radiante e iluminada. A recomendação é usar duas vezes por dia.

A REALIDADE
Sim, a minha pele fica dez vezes melhor com a ajuda dele. Acho a recomendação de usar duas vezes por dia demais. Uso à noite, que é quando o rosto está mais sujo, tem maquiagem e poluição envolvidos no processo. Com o tempo, testei várias escovinhas e fui encontrando as melhores. Geralmente, o Clarisonic sempre vem acompanhado de uma indicada para peles sensíveis, que eu consigo usar todos os dias sem problemas. Já a tradicional não rola usar com muita frequência. Acabo descascando e parece que fiz um peeling, deixa o meu rosto avermelhado e ardendo. A melhor de todas é a chamada cashmere, que tem cerdas longas e muito macias. Parece mais um carinho. As específicas para acne e cravos também são muito boas, mas um pouco menos macias.
Meu rosto fica com o aparecimento de cravinhos muito controlado. E fica mais claro, mais liso. Mas é aquela coisa, parou de usar volta tudo em uma semana.

O MEDO DOS MÉDICOS
Os dermatologistas brasileiros não curtem muito o Clarisonic. Pelo menos não na frequência recomendada. Para os médicos, o uso diário pode deixar a pele fragilizada, muito fina e sensível. Fora que peles muito oleosas podem acabar estimulando ainda mais a produção de sebo – e, consequentemente, o aparecimento de cravos e espinhas. A superstimulação das glândulas  pode gerar aquele famoso efeito rebote, já que a pele acha que não está produzindo óleo suficiente com tanta limpeza e capricha, piorando o quadro.

MINHA SUGESTÃO
O Mia 1 é compacto e tem apenas uma velocidade, mas é o suficiente para te fazer feliz, acredite. Além do mais, é a versão mais barata deles. Na hora da compra eu já levaria uma escova reserva, se você tiver viajando e for complicado comprar depois. As escovas precisam ser trocadas a cada três meses, em média. Eu também fico paranóica de deixar a escova na umidade do banheiro. Tiro da base, lavo com sabão neutro e deixo secando ao sol para evitar que ela acumule bactérias.

No fim das contas, cada um tem que achar o seu próprio ritmo para a pele não sofrer com um processo agressivo demais. Tenho amigas que só usam quando estão muito maquiadas. Outras que esfoliam o rosto uma vez por semana com a ajuda dele. Não dá para ficar sensível, ardendo, descascando ou com machucadinhos, porque aí é sinal que você está pegando pesado demais. Lembre-se: um turno de um minuto é o suficiente. Concentre a maior parte dos segundos na zona T e o restante nas bochechas, que não mais sensíveis. Resista à vontade de apertar o botão de novo e não precisa pressionar o aparelho contra o rosto. Ele faz o trabalho direitinho e de forma bem leve. Quando mais força você coloca, menos ele vibra e, consequentemente, pior é a limpeza. 😉

 

 

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