Matcha: o chá que é o novo suco verde
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Matcha: o chá que é o novo suco verde

por Vânia Goy

Por Manoela Meirelles

Sempre gostei de chás, tanto para desintoxicar, acalmar e acordar, como pelo sabor – que não é nada parecido com café, que eu não gosto nadinha. Verde, branco, de frutas vermelhas ou gengibre, vale tudo no meu dia a dia. E, foi por esse amor que fiquei curiosa pelo aspecto (pó) e cor (verdíssimo) do, até então, nada famoso matcha.

Produzido com a mesma folha que o chá verde (camellia sinensis), o matcha é famoso entre os japoneses que adoram um chá mais refinado e de sabor mais puro. O pó finíssimo tem propriedades dez vezes mais poderosas (no mínimo) que seu irmão mais conhecido. Dar um boost de energia, revigorar o metabolismo, ajudar a pele a ficar mais bonita e ser rico em antioxidantes são só algumas das mais faladas.

Um dos diferenciais do matcha, e um dos motivos para a fama recém-adquirida, está no cuidado com o cultivo da plant, que é colocada à sombra antes da colheita. Dessa forma, ela chega ao verde bem vibrante, que lembra grama recém cortada, e acumula seus vários nutrientes. O ritual todo também merece destaque, é mais demorado, inspira uma calma oriental e não é nada chato ou difícil de fazer em casa.

O processo todo é simples: em uma tigelinha, você coloca 1 colher de pó, 300 m de água quente (não vale fervendo!) e mistura vigorosamente em zigue-zague com o pincel feito de bambu. Ele faz uma espuminha branca e, sim, está pronto! Ao contrário dos outros chás, a erva não precisa ser coada.

Na minha opinião, onde ele é servido não faz tanta diferença, só um pouco mais de sujeira. O resultado é  um chá mais fresco, que em nada se assimila às canecas de papel fumegante do Starbucks bebidas às pressas. Até porque não deve ser bebido entre um telefonema ou outro, o seu resíduo vai acumulando no fundo da tigela (ou caneca).

Eu até tinha uma preguicinha no começo, depois de tentar achar o tal pincel de bambu. E garanto que alguns itens que você já deve ter na cozinha podem ajudar. A colher de mel ou batedores aramados e pequeninos são bons substitutos. Um copo mais largo também ajuda a evitar muita sujeira na hora de fazer a letra “W” com a ferramenta.

E, como ficou tão famoso lá fora, o matcha deixou de ser só um chá e já foi incorporado em smoothies e sucos (um dos meus jeitos favoritos para bebê-lo), cookies e com leite, que pode ser desnatado (embora de amêndoas ou soja sejam os melhores para dar um toque a mais ao sabor). O site da revista Bon Appétit está recheado de receitas: desde como fazer uma panacotta verde, até cookies de chocolate branco com matcha. Aposto que por aqui a gente já já vai encontrar brigadeiros de matcha. A bebida até ganhou uma hashtag (#matcha) própria no Instagram, com mais de 460 mil publicações.

Se for sua estreia no mundo dos chás verdes, a melhor maneira é começar a misturá-lo com qualquer suco, preferencialmente para tomar de manhã e deixar suas propriedades impulsionarem o seu dia. Ou, se você é como eu e também gosta de chás, as formas tradicional e latte são as melhores, e um pouco mais hardcore no sabor.

Por aqui dá para tomar a versão latte no Starbucks (que pode ser pedido com leite de soja). Em Nova York, no entanto, há lugares exclusivos para o chá, como o Chalait e o Matcha Bar. Em Los Angeles, o Matcha Source vende online e nas lojas, para você fazer em casa. São Francisco também conta, desde 2010, com a expertise do chef Eric Gower, que abriu o Breakaway Matcha para dividir a paixão de beber um chá de qualidade.

Em São Paulo, a Casa Santa Luzia e a Rua Galvão Bueno, na Liberdade, oferecem a versão em pó. Só cuidado para sempre procurar por chás que sejam 100% matcha, e não cair em versões lotadas de açúcares e afins que cancelam todos aqueles nutrientes e propriedades poderosas. E deixo a dica da loja Tenman-Ya, também no bairro oriental, para procurar os acessórios relacionados. Ou se a distância de um clique é mais fácil, a Panatea, uma distribuidora americana, entrega o chá e seus utensílios no Brasil. Afinal de contas, fazer o ritual completo e nada improvisado é quase terapêutico.

Dá uma olhada no vídeo abaixo, feito pela Kathy YL Chan, autoridade americana quando o assunto é chá!

 

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