Futuro
5 anos do hub de inovação da Avon no Brasil, o que quer a geração Z e mais
por Manuela Aquino
Criado em 2017, o Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento da Avon fica em Interlagos, na capital paulista, e surgiu para ser um hub de inovação que integra diversas áreas para desenvolvimento de produtos de maneira mais assertiva, atendendo demandas internas e do consumidor. Um dos primeiros produtos desenvolvidos pela equipe para o mercado brasileiro foi a loção corporal da linha Encanto, cuja mudança na composição permitiu uma experiência sensorial mais agradável ao gosto do público daqui. “A gente desenvolvia para a comunidade global e, em 2019, começamos uma jornada local, focando nas necessidades da consumidora e tendências daqui. O balanço que temos é o desenvolvimento de quase trezentas fórmulas, com cores, fragrâncias, tudo específico para Brasil”, disse em entrevista ao Belezinha Cesar Tadashi, diretor executivo de P&D da Avon América Latina.
Um dos destaques recente do hub foi a criação da gama de tons que atendessem bem às mulheres com pele negra — e que foram aplicados inicialmente nas bases, corretivos e pós da linha Power Stay. “Foi um co-desenvolvimento com o laboratório central nos Estados Unidos. Fizemos a pesquisa que serviu de base, pois aqui temos uma gama enorme de tons e subtons de pele. O que acontecia é que o mercado como um todo tinha tons de base mais escuros, mas que não serviam necessariamente bem na pele negra, ficavam avermelhados ou acinzentados ”, diz Tadashi. A pesquisa mostrou que 70% das mil mulheres negras ouvidas não estavam satisfeitas com os produtos para suas peles e 57% faziam misturinhas para chegar na cobertura mais próxima de seu tom. “Um time de desenvolvimento de novos produtos se reúne semanalmente com departamentos de marketing e compras e , então, ficamos sabendo das necessidades e tendências para começar a pensar e desenvolver” diz.
Outro destaque para a empresa foi a percepção de uma tendência comportamental de mulheres com relação ao termo anti-idade. “Quando percebemos que o termo estava morrendo, que haveria esta disrupção, precisamos pensar na comunicação do produto, quase uma reinvenção do que ele poderia oferecer em termos de bem-estar, e focando em atribuições como hidratação e luminosidade”, diz — a marca não usa mais o termo há cerca de três anos.
TOP 3
1. Shiseido lança skincare premium para homens da Geração-Z
A Sidekick começa a ser vendida neste mês no Japão e vai oferecer produtos para eles com fórmulas que combinam ingredientes naturais e fórmulas tecnológicas para peles secas e oleosas. “Nós posicionamos a beleza da pele como nosso principal negócio e estamos expandindo nossas marcas de cuidados com a pele e outras marcas de beleza para a pele em busca de nos tornarmos líderes mundiais neste campo até 2030”, disse a Shiseido no comunicado de lançamento. Entre os produtos, classificados como híbridos, estão hidratantes, máscara e itens para limpeza. O mercado de produtos de skincare masculino está em ascensão, com previsão de fechar esse ano em 13 bilhões de dólares, segundo estudo da Future Market Insights.
2. A preocupação do público jovem com a diversidade
Uma pesquisa recente da Mintel mostra que para este target o ponto decisivo na hora da compra de um produto de beleza vai além do que se apresenta no ponto de venda. Nos Estados Unidos, eles querem mais: 47% dos que compram produtos de beleza dizem que compram de marcas que apostam em diversidade ou inclusão com uma gama de produtos que sirva para mais tipos de pele e cabelo e 38% estão de olho em quem também promove a diversidade. Aqui, a publicidade e comunicação das marcas também vale pontos: 43% dos consumidores de beleza dizem que ficam felizes em ver diferentes tipos de beleza em anúncios, incluindo metade (50%) das mulheres e 35% dos homens. Quase três em cada cinco (57%) americanos concordam que as marcas de beleza têm a responsabilidade de quebrar padrões. Segundo a Mintel, ao mesmo tempo em que querem algo real, esses consumidores ainda curtem as propagandas aspiracionais, o que faz com que as marcas tenham o desafio de buscar o equilíbrio em todas as formas de comunicação e venda.
3. Marca sul coreana de skincare desenvolve tecnologia que acelera decomposição de plástico
De acordo com reportagem do jornal South Korean Herald, a marca Siita desenvolveu a tecnologia e acabou ganhando o título de “Apple dos Cosméticos” pela Vogue. Segundo a marca, é possível acelerar o processo de decomposição do plástico de 500 anos para três meses. “Nosso objetivo é garantir que não apenas nossos próprios produtos, mas todos os bens de consumo do mundo não permaneçam na próxima geração”, disse um funcionário à publicação. Mais dados sobre como funciona a tecnologia, quanto custou o desenvolvimento, estão sob sete chaves.
E mais
. A marca de dermocosméticos Creamy, criada em 2019, passa agora a ter dois pontos físicos em São Paulo, em dois shoppings – Anália Franco e Morumbi. Segundo a marca, a inauguração é para atender o público paulistano, responsável por mais de 40% das vendas no e-commerce.
. Uma websérie sobre toque, apresentada por Taís Araújo, é o novo projeto da Natura, em parceria com a Globo. “Amor em Todos os Sentidos” apresenta casais famosos como Glória Pires e Orlando Morais em uma jornada de descobrimento a dois.
. Bergamía é a nova marca do mercado brasileiro lançada nesta semana. Apresenta produtos veganos baseados em superalimentos e biotecnologia, para pele de homens e mulheres. Entre as novidades apresentadas, um bálsamo facial para peles irritadas, que pode ser usado pós-sol, depilação ou barbear.
. Kim Kardashian lança nova linha de beleza, voltada para o skincare. A SKKN by KIM começou a ser criada por conta dos cuidados que ela aprendeu a ter por conta da psoríase, segundo comunicado de estreia. Serão nove produtos iniciais, dispiníveis a partir de 21 de junho, nos Estados Unidos.
. A Puig adquire participação majoritária na Byredo, marca de luxo sueca, fundada em 2006, que é distribuída em 55 países. As vendas do grupo espanhol chegaram a 2,5 bilhões de euros no ano passado.
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