Parece papo good vibes demais, mas agora os otimistas de plantão podem contar com evidências científicas para justificar o pensamento positivo. De acordo com um estudo da Harvard TH Chan School of Public Health, nos EUA, o otimismo pode ajudar a prolongar a vida. Para este estudo, pesquisadores analisaram os dados e respostas de mais de 150.000 participantes do Women’s Health Initiative – uma série de estudos clínicos conduzidos para abordar os principais problemas de saúde relacionados a mortalidade de mulheres na pós-menopausa nos EUA –, que incluiu mulheres de todos os grupos étnicos-raciais, com idade entre 50 e 79 anos.

Das voluntárias, 25% do grupo que era mais otimista apresentou maior probabilidade de longevidade (5,4%) e 10% tem mais chance de viver mais de 90 anos em relação ao grupo menos otimista. “Embora o otimismo em si possa ser afetado por fatores estruturais sociais, nossa pesquisa sugere que os benefícios do otimismo podem se estender a diversos grupos”, disse Hayami Koga, doutoranda em Ciências da Saúde da População na Escola de Pós-Graduação em Artes e Ciências da Universidade de Harvard e autora principal do estudo, publicado na Harvard Gazette.

Segundo ela, diversos trabalhos anteriores se concentraram em déficits ou fatores de risco que aumentam os riscos de doenças e morte prematura. Mas essa pesquisa revela que fatores psicológicos positivos, como o otimismo, também podem ser determinantes na hora de buscar longevidade e envelhecimento saudável em diversos grupos. “Tendemos a nos concentrar nos fatores negativos que impactam nossa saúde, mas também é válido pensar nos recursos positivos que podem nos beneficiar”, completou.

Nem precisamos repetir que, para além do otimismo, fatores relacionados ao estilo de vida – como prática regular de exercícios físico e alimentação,fazem parte da conta que aumenta a expectativa de vida.