98% das pessoas acha que os outros são mais bonitos nas redes sociais, diz pesquisa da Allergan Aesthetics
Saúde

98% das pessoas acha que os outros são mais bonitos nas redes sociais, diz pesquisa da Allergan Aesthetics

por Larissa Nara

Ilustração: Victoria Andreoli

Experimentar uma nova cor de cabelo, estilo de make ou garantir a aparência de cílios e lábios mais volumosos: os filtros criados a partir de realidade aumentada nas redes sociais oferecem possibilidades múltiplas de transformação. No entanto, o que começou com uma forma de entretenimento evoluiu para uma discussão mais ampla: como o uso excessivo desses recursos pode alterar nossa percepção de imagens reais e causar problemas de saúde e autoestima?

Com a proposta de entender a real opinião das pessoas sobre os filtros de imagem e seus usos, uma pesquisa inédita realizada pela Allergan Aesthetics, líder global em tratamentos estéticos médicos, em parceria com a Offerwise e Let’s Mind, trouxe luz a alguns números expressivos: 40% das pessoas usa filtros de imagem nas próprias fotos com frequência para aparecer melhor nas postagens; 98% acha que os outros são mais bonitos nas redes sociais e 93% concorda, parcial ou totalmente, que o nível de cobrança estética tornou-se irreal devido ao uso exagerado de filtros de imagem. Além disso, 94% dos entrevistados concordam, parcial ou totalmente, que o uso exagerado de filtros de imagem pode levar a uma diminuição da autoestima e que eles podem contribuir para que pessoas deixe de gostar de sua imagem “real” e passem a querer aquela imagem “virtual”.

O estudo — realizado entre maio e junho de 2022, ouviu 650 pessoas de oito capitais brasileiras, com idades entre 18 e 50 anos, sendo 24% homens e 76% mulheres — faz parte da campanha da Allergan “Assuma Sua Imagem”, cujo objetivo é abrir discussões sobre o uso excessivo de filtros, nossa relação com autoimagem e inspirar a autovalorização para além da estética nas redes sociais. Profissionais de saúde e comportamento de diversas áreas também foram ouvidos e endossaram a urgência de olhar para esse assunto por causa dos reflexos na saúde mental da população em geral.

A gente aqui concorda que não se trata de banir filtros, mas sobre estimular essa conversa, inclusive dentro dos consultórios, já que os médicos dermatologistas são os que mais mencionam pedidos de mudança facial a partir de referências digitais. Em entrevista exclusiva ao Belezinha, Cecília Gurgel, gerente geral da Allergan Aesthetics no Brasil, disse que, apesar do assunto em torno do uso exagerado dos filtros já estar acontecendo, ainda não existiam dados estruturados sobre e que a pesquisa nasce exatamente dessa tentativa de quantificar essa reflexão. “Quando falamos do negócio de Allergan Aesthetics, falamos de uma oferta de produtos e tratamentos que ajudam a fortalecer a autoestima, mas todo tratamento deve ser baseado em decisões bem formadas, saudáveis, com informações e com base na realidade. E o que a gente tem visto, e que a pesquisa corrobora, é que o uso exacerbado dos filtros vai transformando a ideia de beleza em algo irreal, distante de um tratamento consciente e que cabe na realidade do paciente”, completa.

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