Quando se fala em dores crônicas, talvez a primeira coisa que venha a mente seja condições como fibromialgia ou artrite reumatoide, mas a verdade é que, qualquer desconforto físico frequente, como torcicolos e dores de cabeça recorrentes, se enquadra na categoria que atinge cerca de 37% dos brasileiros, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Estudos da Dor. Tais dores, que podem causada pelos nervos, lesões e até como efeitos colaterais de cirurgias, também passam pelas nossas emoções — que podem virar padrões, que ressoam no nosso corpo de forma inconsciente.

Ao podcast Ciao, Bela, Alberto Fiaschitello, terapeuta naturalista, disse que é superimportante exercitar a consciência, entender a base dos nossos comportamentos psico-físicos e observar esse ciclo de aparecimento de dor, que pode começar com uma situação estressante, uma condição psicológica e acabar, por exemplo, tensionando os músculos da cervical. E se isso acontece com frequência, a dor crônica se instala, leva a um estado de depressão, que gera raiva e frustração até se tornar um quadro de fadiga extrema.

O tratamento, que vai além dos remédios, envolve a combinação de terapias que incorporem cuidados emocionais para lidar com os gatilhos, tratamento físico e social. A ampliação do debate sobre o assunto (especialmente pós pandemia), somada ao aumento da tecnologia e sofisticação dos diagnósticos, impulsionou o mercado mundial de gerenciamento da dor, que, segundo relatório da Allied Market Research, deve atingir até 91 milhões de dólares até 2027.

Novidades que impressionam
Entre as novidades mais interessantes do setor, iniciativas que combinam neurociência e realidade virtual (!), gadgets high-tech, como o Gemstone Heat Therapy Mat (cerca de US$ 1045), da Healthyline, que combina cinco terapias naturais pedras quentes (turmalina, ametista e jade), luz infravermelha distante, luz vermelha, campos eletromagnéticos pulsados ​​(PEMF) e íons negativos, e foi projetado para promover temporariamente a circulação local, aliviar a tensão muscular e manter o relaxamento e o bem-estar geral e até espaços destinados a sessões completas de alongamento — como a Stretch Lab, fundada em 2018 nos Estados Unidos.

Há também recomendações do uso de frequências binaurais (ondas sonoras desenhadas de forma que os ouvidos direito e esquerda recebam frequências diferentes e estimulem ondas cerebrais que podem auxiliar no relaxamento, atenção e sono profundo) e sessões de terapias sonoras como tratamento coadjuvante de ansiedade e alívio de dor. Por aqui, a startup brasileira Mangalam Wellness (foto), que oferece serviços que combinam o uso de fones sem fio com terapias ancestrais e meditações guiadas, inclusive em sessões corporativas, para promover relaxamento profundo, por exemplo.

Quer saber mais? Vem que tem no episódio “Em busca de alívio”, do podcast Ciao Bela!