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A Barbiemania no mercado de beleza, inclusão na indústria, make digital no Teams e mais
por Manuela Aquino
foto: OPI (divulgação)
Quem passou um dia sem ver algo sobre o filme da Barbie na internet é porque estava totalmente off. Basta rolar um pouquinho o feed para dar de cara com uma avalanche de conteúdos absolutamente inspirados no filme que acaba de estrear nos cinemas. E, no mercado, dá para contar nos dedos as marcas que não aproveitaram a onda rosa, principalmente as com forte presença nas redes sociais. Entre as estratégias, não só promoções de produtos rosa, mas também flagships temáticas, ativações especiais como a casa da Barbie em tamanho real, presente no shopping JK Iguatemi, em São Paulo, até setembro, e lançamentos de edições limitadas, claro. Lá fora e aqui, não faltam exemplos: tem os esmaltes novos de O.P.I, que incluem nomes como “Hi, Barbie” e “Hi, Ken”, as paletas de sombras temáticas da NYX (disponíveis lá fora), escova da Tangle Teezer e até coleções de roupa colaborativas da GAP e da Zara.
No entanto, em um artigo recente do Business of Fashion, Rachel Strugatz, editora-chefe de beleza do site especializado, levanta um questionamento: será que, mesmo com o hype, vale a pena tamanho investimento em algo que pode ser tão efêmero? Em sua análise, ela reflete como é importante para algumas marcas não aderir a uma tendência forte e momentânea como esta, pensando que a relevância é a chave para a sobrevivência. Para ela, o cenário do mercado diante do filme dá a impressão de que qualquer profissional de relações públicas, imprensa ou comunidade tinha que achar qualquer produto ou serviço possível para colocar o selo de Barbiecore.
É verdade que, até sair de cartaz, o filme ainda vai render bastante. Mas, como continuar gerando conteúdo e engajamentos sem criar esgotamento? “As marcas podem se diferenciar nas ações que farão com a temática Barbiecore em olhar para ações sociais e não só ações relacionadas à produtos da Barbie, por exemplo. Já que um dos tópicos centrais do filme é a discussão sobre empoderamento feminino, quebra de padrões exigidos pela sociedade e a representação da mulher ocupando grandes cargos, as marcas podem assumir um compromisso social em incentivar ações que vão nessa vertente” diz Fernanda Silva, Head de Social da parceira de publicidade e marketing digital Media.Monks no Brasil. Aprofundar o discurso e ir além da febre rosa será o desafio das marcas.
TOP 3
1. LVMH anuncia plano de redução de consumo de água
A meta do conglomerado de luxo com o novo plano de conservação é reduzir o consumo, em escala global, em 30% até 2030 — um desafio grande, considerando que a água é essencial para produção de muitos itens produzidos por eles, como perfumaria e bebidas. A proposta é usar indicadores de pressão e geolocalização para implantar planos de ação específicos em áreas de maior gasto hídrico, além de reutilizar águas residuais, recuperar águas pluviais em seus locais de produção, e colocar em prática novos processos de fabricação de maneira quase que imediata. Para os consumidores dos produtos das inúmeras marcas da LVMH haverá uma comunicação através de um “rótulo ambiental” com informações sobre a questão de escassez de água e ações do grupo, como agricultura regenerativa.
2. Grupo Boticário cria comunidade de co-criação inclusiva para desenvolvimento de produtos
Batizado de Beleza Livre, o projeto inédito é uma comunidade online composta exclusivamente por representantes de grupos minorizados para o co-desenvolvimento de novos produtos. Com inscrições abertas para colaboradores voluntários, a ideia é trazer pessoas com deficiência, 50+ e LGBTQIAPN+ para o desenvolvimento de lançamentos desde o começo do processo, como conceituação de campanhas até embalagens. “Se acreditamos no poder do coletivo para construir uma sociedade mais equânime e diversa, por que não imprimir essa mesma lógica para oferecer um portfólio de produtos, ainda mais, inclusivo?”, disse no lançamento Rony Santos, gerente de Diversidade do Grupo Boticário. A comunidade foi criada em parceria com o Instituto IPSOS que vai, na prática, metrificar e analisar a participação das pessoas com pesquisa, atividades e palestras para chegar até os insights. Quem se interessar em fazer parte, pode se inscrever neste link.
3. Maybelline se une à Microsoft para levar make virtual ao Teams
A integração entre as duas empresas vai disponibilizar um toque rápido de maquiagem antes da reunião. Alimentado por recursos de inteligência artificial, o aplicativo Maybelline Beauty, permite escolher entre doze makes diferentes, mas o pulo do gato para a marca da L’Oréal está mesmo no fato de que o usuário fica sabendo quais produtos da marca foram usados no look, o que instiga a compra. Com essa integração, a Maybelline está dando mais um passo no mundo da maquiagem digital. A marca também lançou um avatar digital no início deste ano, a May, que participou do lançamento da máscara The Falsies Surreal Extensions.
E mais:
. Paolla Oliveira assina contrato com a Dove e passa a não usar mais nenhum tipo de filtro em suas imagens nas redes sociais. A parceria faz parte do projeto #FeedSemPadrões. O público também pode participar, pois a Dove colocou no ar uma petição para levar a discussão das redes sociais ao poder público.
. Em parceria inédita, Marco Antonio de Biaggi lança collab de produtos para o cabelo com a Alfaparf. A marca MAB by Alfaparf é uma collab que traz oito linhas de produtos de uso homecare e profissional.
. O Instituto ABIHPEC, dedicado a projetos para pessoas em vulnerabilidade social, coloca no ar o primeiro episódio da série de podcasts “Educação, Dignidade e Beleza”. Disponível nas plataformas Spotify, Deezer e SoundCloud, o tem de estreia será “Empregabilidade e Empreendedorismo na Área da Beleza” com a presença de ex-alunas do Instituto Profissionalizante da Mangueira, do Rio de Janeiro, apoiado pelo instituto.
. Kendall Jenner é a mais nova embaixadora global da L’Oréal Paris. A escolha da influenciadora e modelo que cresceu diante das câmeras no reality show das Kardashians, pretende ser uma forma de aproximação da marca com a geração Z.
. Os absorventes reutilisáveis da Herself passam a ser vendidos em mais de 100 lojas da Panvel em São Paulo e no sul do país, além do site. A femtech tem em seu portifólio outros itens como calcinhas e toalhas, que devem ser vendidos nas lojas da rede logo mais.