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O efeito Ozempic nos consultórios, novidades em sustentabilidade e outras notícias
por Manuela Aquino
foto: Getty Images (Reprodução/Allure)
Esta semana duas publicações importantes de sites especializados em beleza trouxeram o Ozempic, remédio originalmente usado para diabetes e que está sendo indicado há algum tempo para perda de peso, à pauta novamente. A primeira, do Business of Fashion, diz que, com a perda súbita de peso (chegando, às vezes, a menos seis quilos em uma semana), as pessoas podem passar a ter mais flacidez no rosto, o que tem gerado um aumento direto na procura por procedimentos estéticos como Sculptra e Radiesse. Lisa Goodman, fundadora da Goodskin Clinics, nos Estados Unidos, disse à reportagem que percebeu um aumento na procura do Renuva (tratamento de quase US$ 2000, capaz de “devolver” células de gordura ao rosto. Já o cirurgião plástico Robert Schwarcz, que atende no Upper East Side, em Nova York, o Ozempic trouxe de volta o amor pelo lifting facial e, de acordo com o profissional, em muitos casos é preciso enxerto de gordura vindas de outras partes do corpo. Os procedimentos de “volumização” no rosto, para o médico, aumentaram 25% nos últimos meses.
Já a segunda matéria, da Allure sobre as tendências de cirurgia plástica para 2024, apresenta o face lifting com injeção de gordura associado ao uso do Ozempic. De acordo com os profissionais entrevistados pela reportagem, já nota-se um aumento nos pedidos para levantar bochecha e pescoço, dar volume, e, conforme os representantes de injetáveis, uma queda nas vendas de ácido hialurônico e toxina botulínica.
Um estudo da consultoria McKinsey & Co. indica que o setor de serviços de beleza dos Estados Unidos deverá crescer 7% ao ano até 2027, aproximando-se dos US$ 80 milhões — e o uso do Ozempic estará neste meio lucrativo. Segundo os profissionais ouvidos pela BOF, os médicos recebem pacientes no meio do processo de emagrecimento com a seguinte pergunta: “como faço para que meu rosto combine com meu novo corpo?”. Fato é que as clínicas de estética do país e profissionais da plástica já perceberam a movimentação em torno do remédio e estão ganhando dinheiro com isso.
TOP 3
1. Simple Organic e Grupo Laces na COP-28
A COP-28 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que acontece em Dubai até o 12/12, terá participação das duas marcas brasileiras. A Simple Organic, representada pela CEO Patrícia Lima, que no ano passado apresentou o case de sustentabilidade da empresa, vai liderar uma apresentação voltada para empresas da iniciativa privada no Dubai Expo City — entre as novidades, a apresentação de produtos Blue Beauty e Reef Friendly com fórmulas que não agridem a vida marinha. Já o Grupo Laces irá lançar o Green Side, projeto de reflorestamento em parceria com o Grupo Votorantim e que tem como foco a compensação de carbono na região comercial dos Jardins, em São Paulo.
2. Amyris vende quatro marcas, incluindo Biossance
De acordo com documentos judiciais, obtidos pelo WWD, a marca de cuidados com a pele Biossance foi vendida ao varejista de beleza online THG Beauty em negócio de US$ 20 milhões — a The Hut Group é dona de marcas famosas lá fora, como a Perricone MD. Além delas, as marcas 4U By Tia, de cabelos cacheados e crespos, Reddy´s, de probióticos, e Pipette, de bebês, também foram negociadas em sistema de leilão. A Amyris se destacou no mundo da beleza por ser uma empresa de biotecnologia inovadora, mas pediu concordata em agosto deste ano. Até o fechamento da reportagem, a Biossance não divulgou nenhuma nota oficial sobre a transação.
3. Grupo Boticário, Faber-Castell Cosmetics e Suzano juntos pela beleza sustentável
A Faber-Castell Cosmetics tem se destacado em soluções sustentáveis e passa a trazer as tampas de seus lápis de make produzidas com o papel Loop+®, material biodegradável alternativo ao plástico, desenvolvido pela Suzano. A solução será usada primeiramente pelo Grupo Boticário com o delineador de olhos da linha Intense. “É um importante passo da companhia neste sentido, integrando sua robusta agenda ESG para promover a sustentabilidade por todo o seu ecossistema de beleza”, afirmou Gustavo Dieamant, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário. A divisão de cosméticos da Faber-Castell usa madeira de reflorestamento certificada pela Forest Stewardship Council (FSC) e, agora, associada à Suzano quer levar para outras marcas de beleza a solução renovável.
E mais:
. Vic Beauté inaugura sua primeira loja física, a Boutique Beauté, no Shopping Iguatemi, em São Paulo. Lá será possível comprar os queridinhos da marca que serviram de inspiração para o décor — as curvas do balcão do quiosque com pegada vintage lembram o batom Sensa e o Stick Tudo.
. Carmed inaugura espaço interativo e gratuito no Shopping Iguatemi, em São Paulo. O espaço fica aberto até 24/12 e contará com customização de embalagem em forma de bola de Natal. Estará também à venda o kit exclusivo de Natal, em uma caixa de alumínio, com os protetores sabor maçã com FPS 30.
. Instituto ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) faz inovações no programa ‘De Bem Com Você’ e inclui homens com câncer nas Oficinas de Autocuidado. A ideia é atender 500 pessoas que tratam a doença para ajudar na recuperação da autoestima.
. Wella Company anuncia crescimento de 8 a 9% no ano fiscal de 2023, encerrado em junho, marcando evolução por três anos consecutivos.
. Depois da linha de make, a Zara entra para o mercado de cabelos. A Zara Hair foi desenvolvida pelo cabeleireiro Guido Palau e traz conjunto de acessórios e produtos como gel, spray de glitter e pente.