Vocês viram que a Mila Kunis e o Ashton Kutcher, atores, declararam que não tomam banhos regulares e que só colocam os filhos, Wyatt e Dimitri, no chuveiro quando enxergam sujeira neles? Em entrevista ao podcast “Armchair Expert”, eles ainda falaram sobre os “prejuízos” da limpeza excessiva. A declaração repercutiu mal, especialmente quando a gente pensa no Brasil, onde a gente tem por hábito tomar, ao menos, um banho por dia. Afinal de contas: existe um jeito certo de tomar banho?

Para a alagoana Carla Vidal, dermatologista em São Paulo, esta é uma questão cultural e que demanda equilíbrio – ou seja, nem a falta de higienização nem a limpeza excessiva. “Quem mora em países tropicais e em regiões mais quentes, tende a tomar mais banhos do que quem mora em países frios. Em lugares supergelados, tomar banho todo dia não tem necessidade”, diz. “O banho tem muito a ver com os nossos hábitos diários. Uma pessoa que trabalha sob o sol o dia todo, naturalmente vai suar mais do que alguém que trabalha mais acomodado em lugares fechados, por exemplo”, continua. 

O banho ideal
Ela explica que, no frio ou no calor, o ideal é tomar banhos curtos e com água morna. “No dia a dia, um banho de três a cinco minutos a noite é suficiente”. Quanto ao sabonete, a dermatologista explica que o uso deve ser feito apenas em regiões que acumulam mais odor e suor, como axilas, entre as mamas, região dorsal superior (costas), os genitais e entre os dedos dos pés. “A limpeza excessiva, principalmente em regiões mais pobres em glândulas sebáceas pode desregular o equilíbrio da microbiota da pele e abrir espaço para infecções por fungos e dermatites”.

Além de evitar água muito quente, banhos de imersão buchas excessivos e o uso de buchas com frequência, para manter a integridade da pele, vale prestar atenção nos cuidados pós-banho. “Secar bem o corpo e caprichar na hidratação é essencial”, finaliza.