Skincare
Testamos: Rigenera, a terapia celular para queda de cabelo
por Vânia Goy
foto: Alex Batista
Você já ouviu falar no Rigenera? Recém-lançado, o procedimento minimamente invasivo foi criado para tratar de queda de cabelo usando células do seu próprio corpo. Testei recentemente sob a supervisão da dermatologista Thais Pepe, aqui de São Paulo, que vem recomendando a terapia celular para quem sofre com alopecia. “Ei estamos falando de alopecia androgenética e senescente, quando o fio está crescendo mais ralo do que antes, condição que aparece em homens e mulheres por causa do envelhecimento natural do bulbo. Com as mudanças de metabolismo e estilo de vida, o cabelo pode perder qualidade, densidade, espessura e quantidade”, explica.
O microenxerto consiste em retirar células da região da nuca, que tem bulbos capilares mais ativos, por meio de uma biópsia. Cerca de 15 milímetros são retirados em cinco etapas, depois da anestesia local. Em seguida, essa pele é centrifugada no mesmo instante, ali no consultório, e o líquido, contendo células do bulbo mais saudável, é injetado em toda a parte da frente e no topo da cabeça. Ali elas funcionarão como um booster para os bulbos que estão em funcionamento, mas precisam ser fortalecidos. A sessão dura cerca de meia hora, custa cerca de R$ 6 mil e a recomendação é que seja repetida anualmente.
“Este é um tratamento com menos efeitos colaterais do que os feitos com finasterida ou minoxidil, porque não se trata de um medicamento e usa células do próprio paciente”, diz Thais. “E os resultados que acompanhamos no consultório, ao longo do último ano, mostram serem não só bastante expressivos no ganho de volume e densidade, mas também mais duradouros”.
E qual é a diferença do Rigenera para um implante capilar? Thais explica que, primeiro, é preciso ter bulbos que estão produzindo fios para que eles sejam ativados e fortalecidos – o que nem sempre é possível em casos de calvície. E, ao contrário de um implante, que é um procedimento cirúrgico, o Rigenera não move os bulbos de lugar. Eles são, na verdade, alimentados com células de bulbos em melhor funcionamento. Dessa forma, os resultados dos procedimentos não podem ser comparáveis.
Os resultados começam a aparecer em dois meses, mas é preciso ter paciência – seis meses é o prazo total para visualizar a diferença, já que o ritmo de crescimento determina o quão bem-sucedida é a técnica. E para quem tem medo de dor, aviso que é suportável: uma camada de pomada anestésica é aplicada no couro cabeludo antes das injeções, além da anestesia local para a retirada do tecido. Os fios só podem ser lavados no dia seguinte e por dois dias a cabeça toda fica mais sensível ao toque, com sangramento mínimo na região da nuca. Suportável!
Volto em seis meses para mostrar as minhas fotos de antes e depois, combinado?