Clean beauty nem tinha esse nome quando um produto de beleza virou alvo de desconfiança por conta dos seus componentes: os desodorantes antitranspirantes. Nunca tinha pensado sobre o assunto até 2014, quando experimentei o primeiro desodorante natural. Pra além da polêmica que envolve ingredientes controversos, associados, por exemplo, à disrupção hormonal, como o triclosan, uma coisa ficou na minha cabeça: por que a gente precisa usar antitranspirante?

A mecânica dos antitranspirantes consiste não só em neutralizar o cheiro do suor, mas também em bloquear o fluxo de suor que vai pra superfície da pele. A questão primordial é: suor não tem cheiro, o que causa o odor são as bactérias. Suar é um mecanismo do nosso corpo para liberar toxinas e controlar a temperatura do corpo, ou seja, suar é saudável. O negócio é controlar a proliferação dessas bactérias que causam cheiro. 

Na época da transição senti muita diferença. Passei por tudo o que todo mundo fala: achei que o desodorante natural não estava funcionando, lavava as axilas no meio do dia, reaplicava o produto. Quase desisti e voltei pro antitranspirante. Demorou um mês e meio, mais ou menos, pra estabilizar. E hoje eu nem uso desodorante todo dia. 

Comecei usando a barra mineral da Alva, que é uma pedra mesmo, que você molha e aplica na pele. E hoje eu fico impressionada com o quanto a indústria evoluiu, as fórmulas ficaram mais gostosas, cheirosas e tecnológicas. Amo, por exemplo, o roll on da Souvie, marca brasileira feita com ingredientes orgânicos, e ganhadora do prêmio no ano passado.

E celebro demais quando marcas grandes topam reinventar formulações em busca de eficiência e naturalidade. Exemplo que ando apaixonada: o Vinofresh (R$ 109), desodorante em bastão da Caudalie que mal chegou e já esgotou. Sua fórmula tem 98% de ingredientes de origem natural, eficácia de 24h, sem alumínio, álcool, parabenos ou óleos minerais.  Ele ainda tem a marca-registrada da marca francesa: água de uva orgânica com ação hidratante, calmante e prebiótica. Cheiro delicioso e refrescante de eucalipto que é discreto e você sente só em alguns momentos do dia.

A L’Occitane en Provence também tem versões cremosas com toque seco e aromas clássicos da marca, como manteiga de karité e verbena. A versão de karité, recém-lançada, não contém alumínio, ftalatos ou álcool. Promete eficiência por 48 horas e, dentre os mais de 90% de ingredientes naturais, tem tapioca e óleos essenciais de orégano, palmarosa e hortelã-pimenta.