A importância da rotina, por Carol Lauriano
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A importância da rotina, por Carol Lauriano

por Vânia Goy

Carol Lauriano, curadora de arte, tem como trabalho navegar pelas pesquisas que tratam dos desafios das mulheres com recorte de gênero, raça e identidade, mas seu perfil no Instagram vai além disso e é pura inspiração para quando a gente perde a rotina de vista, cai no desânimo e desorganização. Procuro o seu @ e ela está lá, apresentando novos designers de moda e até pequenos restaurantes que precisam de apoio para continuarem funcionando neste ano turbulento. 

“Passei todos esses meses de reclusão focada nessa manutenção da rotina, tentando começar o dia como se ele fosse seguir meu ritmo habitual: pensando numa combinação de roupas para sair de casa, organizando a agenda de compromissos do dia, me desconectando quando entendia que as horas de trabalho tinham terminado”, disse. “Cuidei dessas pausas necessárias para manter a estabilidade emocional: parando para almoçar, ‘voltando’ para casa no fim do dia, pedindo meus pratos favoritos e até organizando um sextou para que os dias não fossem sempre iguais.”

Das práticas que os tempos de reclusão social inauguraram: fazer a rotina matinal de cuidados com a pele ainda sem celular, para aproveitar a cara meditativa do ritual e escrever. “Sigo anotando os pensamentos mais soltos, sem nenhuma pretensão ou organização, mas usando esse espaço para liberar angústias e ansiedade e até mesmo celebrar os bons momentos, que parecem descabidos neste cenário, mas me trazem alegria.”

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